Recomeçando
Hoje é e sempre será um dia especial. Dia marcado pela fatalidade. Dia de repensar em mim e de reverenciar.
O Mario foi companheiro de vida, de percalços, de alegrias, de aborrecimentos, de tudo, por exatos quarenta e um anos, seis meses e treze dias de convívio. Construímos uma família. Ele se foi, certo de que eu continuaria bem e feliz. Estou bem e, na maior parte do tempo, feliz. Às vezes, em sua rabugice, ele dizia que eu sentiria falta dele (eu sempre fui muito debochada). Tinha razão, sinto. Sinto muito carinho, sinto falta das nossas conversas doidas, das suas tiradas sem nexo, de sua alegria contagiante (que se foi com as sequelas da saúde debilitada).
Hoje, doze de março de, dois anos sem ele.
Agora, sou eu, é a minha jornada.
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